
eu vejo a Emminha e o Chazellão ganhar ❤
O que falar da grande noite ao qual a gente se preparou tanto e que foi um show de desorganização?
Vamo do começo.
Foi um período de mais ou menos 1 mês e meio vendo quase exclusivamente filmes do Oscar 2017. Cheguei no resultado 54/62 com folga, coisa que nunca tinha chegado.
No dia da indicação, foi aquela confusão de colocarem a Amy Adams e depois tirar da lista de melhor atriz. A tristeza já começou daí. Até a noite da cerimônia, foi uma espera longa recheada de ódio gratuito e briga infantil pelos torcedores.
A cerimônia em si (e devo salientar que é só minha visão do que aconteceu), começou com críticas à Trump e já deu o tom do que poderia vir pela frente. Afinal, o Oscar é uma cerimônia política, como desvincular? Ainda mais em tempos de Trump? A vitória de O Apartamento era totalmente esperada, mesmo em meio a filmes estrangeiros tão fortes. Os aplausos à Meryl Streep depois de ser chamada de superestimada pelo presidente, foram gratuitos? Já era esperado que os votos da Academia e a postura dos artistas dariam voz em resposta a Lei absurda de impedir alguns países de entrar no EUA como também seria uma resposta ao anterior “Oscarsowhite”.
A única apresentação musical boa que teve foi a inicial com o Justin Timberlake que fez a música ser mais legal que em Trolls. O resto foi ladeira abaixo, A Auli’i Cravalho, mesmo sendo fofa e representar bem Moana, fez uma apresentação esvaziada de emoção. E as duas músicas indicadas de La La Land, City of Stars e Audition, nenhum foi cantada pelos intérpretes originais e ainda mescladas num mashup confuso.
E o final termina de forma marcante e constrangedora que me fez questionar por um momento o porquê de fazer maratona pra Oscar quando a Academia – mesmo que a gente saiba por anos – é bagunçada e manipuladora. Pra me lembrar que sempre que eu faço maratona, eu conheço filmes maravilhosos que por vias normais eu não faria questão de ver e esse é o maior ganho.
É importante ressaltar que Moonlight mereceu SIM o Oscar. Além do contexto político, além o Oscar so white, além de Trump, é um filme consistente, bem feito e poderoso.
Minha maior aposta era La La Land e mesmo não levando o Oscar de melhor filme, levou o que eu mais queria que era: Trilha, música original, atriz e principalmente Direção. Fiquei muito feliz pelo Damien Chazelle que merecia Oscar desde Whiplash e por ser o diretor mais jovem a conseguir o prêmio. Ainda considero a maior vitória porque 14 indicações é ainda histórico e isso ninguém tira. Usando uma gíria atual: Meu La La Land tá vivo ❤
Que venha o 90º Oscar.